sexta-feira, 3 de junho de 2011

Corpus Christi

A expressão Corpus Christi, é um vocábulo latino que significa " Corpo de Cristo". O feriado que temos em nosso calendário que faz referência a Corpus Christi, corresponde a uma festa católica que celebra a presença real e substancial do Cristo no momento da Eucaristia.

Essa presença real do Cristo no momento da ceia, não faz parte do nosso arcabouço doutrinário. Quando comemos do pão e bebemos do vinho, não significa, literalmente, que estamos comendo corpo de Cristo e bebendo do seu sangue( transubstanciação). O pão e o vinho são apenas símbolos que representam o sacrifício de Cristo por nós, ou seja, são elementos que se mantém inalterados ( consubstanciação). A ceia portanto, não é sacramento, mas apenas um memorial e mandamento do Senhor para a sua Igreja - " fazei isto em memória de mim". ( Lc. 22:19; I Co. 11:14).

Além de acreditarmos na consubstanciação, não fazemos procissões pelas ruas carregando um Cristo morto, porque o nosso Cristo está vivo e é ele que nos carrega(Jó 19:25; Lc. 24:5; Isaías 45:18-20) Sendo assim, esse feriado é, essencialmente, católico.Não tem nenhum significado para nós, evangélicos, pois celebramos a sua morte todos os dias, na medida em que fazemos morrer a nossa vida para o pecado, diariamente.
(Pr. Ângelo Mário)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Coração de Mãe

Conta-se a história de uma filha sentada no colo da mãe dela. Ela tinha muito carinho para com a mãe e a chamava de “minha própria mãe”. Ela acariciava o rosto da mãe, os lábios, as bochechas e o cabelo. Depois de alguns minutos, olhando atentamente para a mãe dela, ela perguntou “Mamãe, eu posso ver seu coração”? A mãe respondeu “Não sei sobre isso, mas, você pode olhar nos meus olhos, e ver se enxerga alguma coisa”. A menina se levantou e olhou bem fundo nos olhos da mãe. Daí, ela gritou com alegria, “Mãe, estou conseguindo ver seu coração, e tem uma menina pequenina lá dentro – e sou eu”!

No coração de mãe sempre encontraremos um profundo e inexplicável amor pelos filhos. Dificilmente veremos uma mãe feliz, realizada e em paz, se um de seus filhos em algum lugar encontra-se sofrendo; vitimizado pela vida.

Acredito que ela trocaria toda a sua felicidade, conforto, bens só para não ver o filho (a) no qual tanto amou e se dedicou vivenciando situações que ela nunca idealizou, sonhou.

Para proteger sua prole ela não mede esforços, não enxerga obstáculos, não reconhece distâncias,  não vê dificuldade, não poupa recursos.

Dobra os joelhos,sacrifica seus sonhos, aperta o bolso, faz média com o marido. Encobre algumas peripercias dos filhos,derrete revolta,entende quando um filho não diz, ouve, mas nem sempre fala. Chora, mas nem sempre demonstra; é machucada, mas nem sempre experime; passa por dificuldade, mas geralmente, mostra estar no controle.

Esse é o amor de Mãe... “Mais forte que o ferro; mais suave do que o veludo e mais resistente do que uma palmeira no vento”.

Que nesse dia tão especial, seus filhos, possam vilslubrar em vocês: esse amor que brilha em vossos olhos, essa garra que move os vossos corações, essa fé que vislumbra as impossibilidades, essa perseverança que não se abate, esse grito que não se cala, esse aconchego que promove segurança, esse sacrifício que não se consome( nunca termina) e a certeza que sempre encontrarão em vós um lugar no coração!

"Tudo o que sou e que sempre desejei ser, eu devo a meu anjo Mãe."
(Abraham Lincoln)

( Pr. Ângelo Mário)


terça-feira, 12 de abril de 2011

COMO DEUS SISTEMATIZA A OBRA MISSIONÁRIA

Texto: At. 13:1-3

O texto deixa explícito que a obra missionária é de inteira responsabilidade da Igreja. Ela é um celeiro de obreiros. Seu papel é imprescindível da expensão do Reino de Deus na terra. Em Antioquia, por exemplo, haviam profetas, doutores, homens preparados, estudiosos, capacitados para o ministério( Barnabé, Lúcio, Cireneu, Manaém e Saulo).

Entretanto, estavam atuando dentro dos limites da Igreja local. Desenvolvendo seus dons e talentos na edificação dos santos: Ensinando na Escola Bíblica Dominical; visitando os irmãos necessitados; realizando os cultos doutrinários; orando pelos enfermos; atendendo as viúvas e órfãos... Estavam desenvolvendo um trabalho brilhante, entretanto, Deus tinha planos ainda excelentes para seus servos.

Quem sabe estamos trabalhando dentro dos limites da Igreja e DEUS tem algo ainda maior para desenvolvermos. A Igreja local é apenas um ensaio; um teste; um período probatório para muitos. O trabalho do Senhor não tem limites, nem tão pouco reconhece fornteiras. O preparo que absorvemos AQUI, pode ser aplicado ALI.

Independentemente de saberem da extensão da missão que tinham a desenpenhar, eles serviam ao Senhor. Estavam com a mão na obra; se esmerando-se na salvação de vidas e no alargamaneto das fronteitas da Igreja. Mostravam trabalho; prendavam-se na espíritualidade “jejuavam”; eram obreiros aprovados, ativos no seio da Igreja.

Quem tem um chamado de Deus não espera ser arregimentado pela Igreja para servir. Serve porque tem um chamado espiritual; divino para realizar. Não se limita ao que foi designado, mas vai muito além.

Mediante a tanta dedicação, eles “foram separados pelo Espírito Santo” (v.2b). Claro que todos nós foram separados pelo Espírito, mas esse caso em particular nos mostra que Deus tinha uma missão específica para eles – LEVAR CRISTO AOS CONFINS DA TERRA.

Se a Igreja arregimenta, o espírito separa! É ele quem delega; quem articula a obra missionária. É quem chama; quem convoca os obreiros. Você que já foi arregimentado pela Igreja, sente-se chamado, comissionado pelo Espírito Santo, para desenvolver uma obra específica?

Sente-se que foi vocacionado para a obra missionária? Quem algo a desenvolver fora dos limites da sua Igreja?Que tem um coração voltado para a salvação daqueles que não fazem parte do contexto social?

Então você foi escolhido para ser um missionário com raio de atuação no estado, no Brasil e quem sabe até no mundo! Os campos lhe aguardam...Não sufoque esse chamado! Coloque-se a disposição do seu Mestre, Jesus e diga a ele – eis-me aqui! Faz de mim um instrumento nas truas mãos; me direciona;. me capacita para melhor te servir. 
                      
 Missões está no coração de Deus e em nossas mãos.”

Mas não se esqueça! fazer missões não implica apenas em sair da sua cidade, do seu estado ou do seu país. Quem sabe o Espírito Santo está te separando hoje para uma missão com crianças que vivem nas ruas; com prostitutas; com usuários de drogas; com presidiários; com enfermos; com famílias; com vizinhos; com alcolatras...

Se você já se sentiu condoído; constrangido em ver esses grupos de risco, ore e peça direção ao Senhor. Não espere que outros façam o que você deve fazer. Quem sabe muitas pessoas estão sofrendo esperando apenas que você se desperte para o ministério ao qual foi designado. Na obra missionária, muitos dependem de você!

“Missões se fazem com os PÉS dos que vão, com os JOELHOS dos que ficam e com as MÃOS dos que contribuem”.

Fui arregimentado, separado pelo Espírito e agora serei ENVIADO! Quem envia é a Igreja! É ela a responsável em sistematizar o envio e tornar seu ministério credenciado perante os homens ( “pondo sobre eles as mãos, os despediram” v. 3b).

A Igreja deve ter essa preocupação em arregimentar, consagrar e enviar aos campos os obreiros. Será que estamos fazendo isso? Estamos multiplicando obreiros; motivando, crianças, adolescentes, jovens e adultos a engajar-se na obra missionária?

“Algumas pessoas querem morar
Na sombra da Igreja
Eu quero uma missão de resgate
Um metro do inferno”
(João Wesley)

A oferta é importante!Mas se não houver missionário o trabalho não pode ser realizado. Eu tenho certeza que Deus tem separado obreiros para a sua seara! Então o problema da obra missionária não é de cima para baixo, é de baixo para cima. É o crente que não tem abraçado o ministério e a Igreja que não tem enviado obreiros para os campos.

É preciso quebrar com esse empasse! Enquanto as pessoas não abraçarem o chamado e não forem enviadas, estaremos com Igrejas cheias de misssionários e os campos escassos por falta dos mesmos.

“Por que alguém deveria ouvir do evangelho duas vezes, quando há pessoas que não ouviram nenhuma vez”.
 ( Oswald Smith)
Conclusão:
Pergunte a Deus nessa noite: Qual a minha participação na obra missionária? O que o Senhor quer que eu separe para Ti? Abre o meu coração e me faz compreender a tua vontade para a minha vida!
“Aqueles que não permitem que Deus trabalhe neles, nunca podem trabalhar para Ele”. (T. S. Watchman Nee)

( Pr. Ângelo Mário)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Não Me Solte, Papai!

Faz mais de doze anos. Às vezes parece que foi ontem, às vezes parece uma eternidade. Minha garotinha finalmente ganhou sua bicicleta. Não um triciclo, mas uma bicicleta de duas rodas. Foi o resultado de uma bem sucedida visita a um bazar de objetos de segunda mão na vizinhança. Uma bicicleta de menina, num perfeito cor-de-rosa. Minha filha logo se apaixonou. Conseguida a pechincha, coloquei nosso novo tesouro na caminhonete e fui para casa. Mal consegui tirar a novidade do carro, pois minha filha queria começar a pedalar imediatamente! Era um dia quente e ensolarado, ideal para se aprender a andar de bicicleta.
Ser pai implica participar de uma série de acontecimentos que se encaixam de um modo ou de outro numa contradição básica: queremos que nossos filhos cresçam e sejam independentes, ao mesmo tempo que desejamos que continuem a depender de nós. Ficamos relutantes em aceitar que o amor que os filhos sentem por nós se baseia no que sentem, não no que fazemos por eles.
Posso ver minha garotinha em sua nova bicicleta. Ainda é tão pequena, mas está toda ansiosa. Sua voz rouca me pede:
- Não me solte, papai!
Com uma das mãos seguro o assento e com a outra o guidão. Corro devagar ao lado da bicicleta. Às vezes, levanto uma das mãos, mas ouço:
- Não me solte, papai!
Mesmo levando em conta as imprecisões da minha memória, lembro que ela conseguiu dominar a completa atividade com alguma rapidez, mesmo depois de um certo desapontamento por não adquirir perícia instantânea na matéria. Ela enfrentava o desafio com um vigoroso e quase comovente desejo de sucesso, o que viria a se tornar uma característica sua. Mais uma vez tentei largar a bicicleta.
- Não me solte, papai!
Ela almoça correndo, pois só pensa na bicicleta. Voltamos para a pista de testes, a calçada. Apesar do medo que ela sente, a cambaleante roda da frente começa a se estabilizar. Falta pouco agora. Posso sentir que sua confiança aumenta. Tenho de apressar meu passo a seu lado. Suas pernas se movimentam com renovadas força e confiança.
Que acontecimento durante a fase de crescimento de uma criança representa melhor a conquista da independência? Aprender a andar é um início de independência. Aprender a falar e a expressar pensamentos originais é mais um passo nessa estrada. Mas são passos lentos e permitem que os pais se acostumem aos poucos. Aprender a andar de bicicleta é aprender a voar – uma experiência que quase instantaneamente dá à pessoa uma liberdade nova, permanente e irrevogável.
Chegou a hora. Há alguns minutos eu já percebera que ela conseguia alcançar o momento mágico que torna possível essa improvável forma de transporte. Minha filha percebe também. Agora, minha mão não lhe serve mais de equilíbrio, mas a faz hesitar. Meu corpo se move pesada e desajeitadamente a seu lado e não lhe oferece mais conforto – agora faz com que perca a concentração.
- Solte, papai!
Ela acelera e sai correndo. As marias-chiquinhas voam no ar. Ela anda pelo menos quinze metros antes de parar num canteiro ao lado da calçada. Está radiante de felicidade.
No rosto, um sorriso que só pode ser de enorme satisfação. Sorrio também. Não apenas por compartilhar de sua realização, mas porque me dou conta de que ela iniciou um caminho. E vai segui-lo, tranqüila.
Ser pai significa ter alegrias e tristezas. Há acontecimentos que, inexplicavelmente, causam as duas coisas ao mesmo tempo. Algumas vezes seguramos, às vezes soltamos. Uma pequena ajuda com a bicicleta. Um abraço e uma benção na hora de ir para a escola. Como pais, somos destinados a segurar e a soltar, cada coisa na sua hora. De bom grado deixo meus filhos se lançarem em direção ao futuro. Encorajo sua independência para descobrirem suas potencialidades e seus talentos. Mas soltá-los? Nunca.
Richard H. Lomax
Histórias para Aquecer o Coração dos Pais
Jack Canfield & Mark V. Hansen & Jeff Aubery & Mark & Chrissy Donnelly
Editora Sextante

segunda-feira, 21 de março de 2011

A TESOURA E A AGULHA

Desde pequena, a moça se acostumara a conviver com tecidos, tesouras, agulhas e linhas de diversos padrões e cores. Sua mãe, exímia costureira, sustentava toda a família com muito trabalho e honestidade.

A moça casara com um frio empresário que gastava as energias com os negócios e dava muita importância ao que ela nem sempre julgava essencial.

Já estava acostumada a ver o marido cortar os passeios com os filhos por um almoço de negócios, já não agüentava ouvir o marido falar em cortes, mudanças precipitadas... Isso sem falar nas inúmeras vezes que foi cortada ao tentar argumentar, discutir os problemas do cotidiano...

Numa rara noite em que todos estavam em casa, a caçula começou a implicar com o irmão. O pai, sempre ocupado, não suportava o barulho e sem querer ouvir ou entender a situação mandou as duas crianças para o quarto, sem conversa.

A mulher simplesmente pegou sua caixinha de costura com alguns retalhos e chamou o marido:
- Agora não, meu bem!
- Agora sim, querido!

O homem percebendo que não tinha escolha, sentou-se e ficou olhando os retalhos, a agulha, a tesoura, carretéis de linha sem nada compreender.
- Meu bem, para que serve a tesoura? - perguntou brandamente a mulher.
- Para cortar, aparar...
- E a agulha?
- Para costurar, ora!
- Você consegue fazer uma colcha de retalhos só cortando?
- Na verdade não faria de jeito nenhum - não sei costurar, lembra?
- Não estou brincando! Você já viu ou soube de alguma costureira que costura sem linha e agulha, só com tesoura?
- Claro que não, meu amor.
- Minha mãe me falou um dia, quando meu pai nos deixou, que nossa família era como uma colcha de retalhos. Cada um de nós era um retalho colorido. Para que nossa colcha fique sempre bonita precisamos usar a agulha e as linhas.
- E daí?
- Daí que você só sabe usar a tesoura. Corta nossos momentos de lazer, corta a minha palavra, corta o diálogo com as crianças. Você só separa, separa...
- Eu?
- Sim. Aprenda a unir nossa família. Aprenda a unir o seu trabalho à nossa família, unir os seus amigos aos meus... Qualquer dia você perceberá o quanto nos cortou de sua vida e talvez seja tarde.

O marido nada disse - sinal de que ia pensar, refletir. Mudanças demandam tempo.
- Não vou mais falar sobre isso. Só quero que você pense, tá? Estou no quarto das crianças. Vou costurá-las porque não quero dois retalhos tão importantes de minha vida separados. Boa noite!
- Boa noite.

Dali a meia hora o marido entrou no quarto em que brincavam as crianças, enquanto a mulher costurava uma bonita colcha de retalhos. A cena enterneceu o homem e o fez juntar-se aos três. Abraçou-os e os levou para jantar.

Do livro: Histórias que Motivam
Autor: Assis Almeida
Editora: Premius Editora
Fonte: www.metaforas.com.br

sábado, 19 de março de 2011

Se não houver culto na vida, não existirá vida no culto.

A vida cristã, diferente do que muitos pensam, vai muito além de rituais, cerimonias e tradições. Sua abrangência ultrapassa os limites da matéria, das formas e das aparências – Ele atinge a alma, o coração do homem.
Se não nos esmeramos em cultivar a espiritualidade no íntimo, dificilmente conseguiremos nos manter firmes na fé, pois na medida em que as dificuldades começam a estreiar em nosso cotidiano,nossas máscaras cairão e haveremos de demosntrar quem realmente somos – fracos e impotentes.

Orar, jejuar, ler a Palavra e meditar sobre seus ensinamentos, são posturas de alguém que anseia investir em sua espiritualidade e fazer do seu coração um verdadeiro altar ao Deus Vivo.

Se esse é o seu desejo, cuide do seu altar. Retire todas as cinzas, mantenha a sua chama sempre acesa e não use palha, mas materias consistentes, duradouros ( Lv. 6:13.) Esse deve ser um exercício diário, pois o que nós revelamos aos homens por meio do nosso exterior, deve ser fruto de experiências vividas com Deus em nosso interior.

Reformar o exterior e desprezar o interior, é agir semelhante a alguém que limpou a casa e deixou todo o lixo debaixo do tapete. Por mais que  tentemos mostrar para o outro que limpamos, para Deus sempre haverá algo a ser limpo, por que Deus não vê como o homem vê, o homem vê a aparência, mas Deus sonda o coração( I Sm 16:7)

Em suma, o culto(liturgia) é apenas uma metodologia que foi construída para que pudéssemos revelar um culto ainda mais excelente:  o culto na vida. Sem o culto  na vida, o culto (liturgia) perde sua finalidade, seu objetivo de revelar aos homens a glória de Deus.

( Pr. Ângelo Mário)

quinta-feira, 17 de março de 2011

COM CRISTO, NOSSOS PROBLEMAS SE REVESTEM DE SOLUÇÃO!

TEXTO: Luc. 7:11-17.

Acredito que todos nós nos identificamos, profundamente, com esse texto. A razão dessa afirmação é que todos os seres humanos, em todas as épocas, sejam grandes ou pequenos, ricos ou pobres, brancos ou negros enfrentam e enfrentam PROBLEMAS. Enfrentam situações que são difíceis de resolver; que afetam ou impedem o nosso equilíbrio psicológico e emocional.

“Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional."

Os problemas são inevitáveis. Elas fazem parte do nosso cotidiano. Estréiam diariamente em nossas vidas. Quer queiramos ou não eles sempre estarão passando por nossa existência. Alguns passam como um relâmpago que que corta o céu, são rápidos, outros são semelhantes à seca no sertão nordestino, persistentes e duradouros, pois torna o coração árido e esquentam os nossos neurônios.

O problema apresentado no texto é devastador. Uma mulher humilde da cidade de Naim, perdera seu marido e consequentemente, o sustento da sua casa, tendo a responsabilidade de sustentar seu lar, relutando contra todos os preconceitos da sua época. Apesar de tão grande perda, aquela mulher viúva ainda tinha um filho. Alguém com quem pudesse compartilhar suas tristezas e confortar seu coração. Nem tudo havia se perdido... Quando de repente, seu filho morre inesperadamente.

Como é difícil superar perdas na vida! Como é difícil lidar com problemas que não estamos esperando. Como é difícil nos defender do inesperado, de situações que violam a nossa trajetória, sequestram o nosso sono e transformam a nossa vida num verdadeiro pesadelo.

Aquela mulher nem havia se recuperado de uma grande perda, quando de repente sofre uma outra! Já é difícil superar uma perda, quanto mais duas! Aquela mulher certamente estava inconsolável. Não tinha mais forças, não conseguia enxergar novos horizontes. Sua vida desmoronou. Sua esperança se esvaiu.

À semelhança daquela viúva, tembém nos sentimos assim. Tem muita gente ainda se recuperando de problemas que deixaram grandes lacunas em suas vidas. Tem gente se estruturando de grandes ondas que devastaram seu lado emocional e espiritual. Tem muita gente que está conseguindo, agora, um certo equilíbrio. Que já consegue respirar; que já pode dizer, sem sentir muita dor, venci, superei.

Entretanto, o que se imaginou que estava chegando ao fim, é apenas um começo de uma longa e árdua caminhada. Quem sabe esse é o retrato da sua vida. Você pensou que acabou, quando na verdade você fora atropelado pela vida. Seu emocional pode estar grandemente abalado; sua mente engarrafada de interrogações. PORQUE, SENHOR! POR QUÊ?

Aquele era um dia eternal. As horas não passavam. Quando estamos enfrentando um grande problema, as horas parecem que não passam. Os dias se tornam grandes e as noites intermináveis. Por mais que estejamos rodeados de pessoas, como aquela viúva, nos sentimos sozinhos. A sensação é que estamos num deserto sombrio, caminhando sem direção e sem perspectivas de resolução.

"Nada na vida é tão difícil que você não possa tornar mais fácil pelo modo que encara."

Aquela mulher chorava. Expunha suas emoções, derramava-se em lágrimas. Seu problema havia lhe vencido. Não havia mais nada que ela pudesse fazer.

Tem problemas que surgem em nossa história que se apresentam instransponíveis, insolúveis. E quando nos deparamos com nossas limitações; com nossas fragilidades em resolver situações, entramos em crise! Perdemos o controle da situação. Nos tornamos vulneráveis no campo das emoções. É como se o mundo desabasse em nossas cabeças.

Choramos nosso fracasso, nos lançamos ao desespero, nos damos por vencidos. Não vislumbramos oportunidades, mas portas fechadas.

Foi nesse contexto de desesperança que aquela viúva acompanhava em cortejo o corpo de seu filho. E é assim também que, muitas vezes carregamos no coração os nossos mortos; os sonhos não vividos; o perdão não concedido; a oportunidade desperdiçada; a atenção não dedidada; o tempo perdido; a infância que foi roubada etc.

Quem sabe hoje você não somente chora seus mortos, mas também tenta sepultá-los. Sepultá-los, porque não mais acredita que eles poderão voltar a ter vida; sepultá-los porque não há mais nada que você possa fazer; sepultá-los porque é a única saída que a vida te oferece.

Entretanto, o texto nos diz que quando aquela mulher estava prestes a sepultar seu único filho, Jesus vem ao seu encontro movido por uma grande compaixão.

Que sabe você já está prestes a sepultar os teus mortos. Mas quando o que está morto entra em contato com a vida o cenário das nossas vidas perpassa por uma profunda metamorfose. Disse Jesus: NÃO CHORES!

Em outras palavras, Jesus estava dizendo àquela mulher: Pare de sofrer! Não há mais motivos para chorar; vou transformar tua sorte; vou te despir do luto e te revestir de vestes de louvor; vou trazer de volta a tua alegria; vou te restituir o que a vida te arrancou; vou devolver-te o que perdeste, “ porque eu sou a ressurrreição e a vida, aquele que crê em mim, ainda que esteja morto viverá.”

Tenho plena certeza, que nessa noite Deus, movido por íntima compaixão, ressuscitará muito do que está morto em tua vida. Ele tocará em teus féretros interiores e profetizará vida sobre eles, como fez o Senhor com Israel na profecia de Ezequiel. Deus pode abrir portas que estão fechadas, pode curar feridas que o tempo não cicatrizou, pode restaurar os teus sonhos, pode executar projetos que estão adormecidos, pode restituir o teu casamento que está ruínas, pode reatar relacionamentos que foram rompidos, pode despertar sentimentos que um dia nutriram corações, pode transformar tua aridez em bonança, em abundância. O morto que está dentro de você, escondido, tirai para fora!

É o Senhor quem te diz! Quando esse problema for dirimido, muitos os que acompanharam a tua trajetória ficarão surpresos com o milagres que Deus operará em tua vida.

Quem sabe o teu cortejo pode ser interrompido a qualquer momento pelo Cristo de Deus. Ele tem prazer na transformação. Deseja mudar o rumo dos "cortejos" que nos fazem chorar de tristeza. Não há nada que resista a Sua Palavra. O milagre aconteceu a caminho do cemitério. Lazáro, já estava no túmulo! Mas, Ele veio! Ele veio! E por que veio? Porque foi desejado, acreditado. Quem sabe, hoje, Deus pode fazer uma reviravolta em tua vida. O teu cenário de luto pode cerder lugar à esperança. ( o mal, feito a José, se transformou em bem; o choro que durou uma longa noite, pode se revestir de alegria. O mar que era obstáculo, Deus o transformou em saída. O vinho que se havia acabado, tornou-se abundante através da água.A criança que estava morta, na concepção do Cristo, apenas dormia.

“Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda." (Provérbio Chinês)

É esse o Deus a quem servimos... Não existem problemas que não podem ser resolvidos, sanados, contornados. Por maior que seja a teu problema, eu gostaria que você confiasse no agir de Deus em tua vida.

“Os grandes navegadores devem sua reputação às grandes tormentas e tempestades.”
(Epicuro)
Conclusão: Em consonância com  o verso 16, Deus te fará uma visita. Ele irá ao encontro do teu problema!