quarta-feira, 25 de março de 2009

QUANDO DEUS QUER É ASSIM.

Texto: Jó 42:1

Ao longo da carreira cristã tenho entendido que nem sempre as coisas acontecem de acordo com a nossa vontade. Geralmente situações estréiam no cenário das nossas vidas de forma tão inesperada e indesejada que procuramos explicações lógicas, racionais e muitas vezes não encontramos. Queimamos os nossos neurônios, mas não obtemos compreensão; entendimento do momento.

Os porquês rasgam nossas almas com gritos em busca de respostas plausíveis. Entretanto, só restam dúvidas e incertezas. Olhamos para os lados e não detectamos motivos; fazemos uma varredura em nossa espiritualidade e não vislumbramos razões; avaliamos nossas ações e não vemos reprovação.

Não compreendemos o ocorrido. A sensação que temos é que fomos atropelados pelo acaso; pelo inexplicável. Sentimos-nos vitimados. Perdemos o controle da situação. Entramos em desespero! Chegamos a Duvidar de nós mesmos. O que eu fiz?

Quem sabe você não fez, mas Deus está fazendo em você.

Ele está fazendo uma grande obra na tua vida. Obra que homem nenhum é capaz de realizar. Tudo o que você está vivenciando hoje é tão somente o trabalhar de Deus; a ação do Espírito Santo em teu coração. Uma metamorfose divina; uma cirurgia espiritual.

As lutas; as tempestades; os vendavais; os desencontros; as angustias; as decepções; as aflições; são instrumentos que fazem parte da metodologia de Deus.

Através dessas e outras situações Ele está nos ensinando; moldando-nos; ajustando nossas veredas; endireitando nossos caminhos; alimentando nossa fé; solidificando nossa caminhada; fortalecendo nossa espiritualidade e quebrando nossas resistências.

Pois quando Deus quer é assim... Foi essa a mensagem que li na traseira de um caminhão em um momento delicado da minha vida. Disse Jó que Ele tudo pode e que nenhum dos Seus planos podem ser frustrados! Sua vontade prevalecerá.

Em outras palavras, não adianta resistir; reclamar; murmurar; indagar; blasfemar; fugir; enclausurar-se; desesperar-se ou tentar culpar outros pelas mazelas que nos afligem. Para que a vontade de Deus se concretize em nós...

È preciso enfrentar fornalhas; entrar em covas; percorrer desertos; sentar debaixo de zimbros; esconder-se em cavernas; desafiar gigantes; combater exércitos; ser alimentado por corvos; descer à casa do oleiro; experimentar infortúnios, enfim, tudo corrobora para o bem daqueles que amam a Deus. Os resultados dessas experiências visam um fim proveitoso. A edificação da alma; o melhoramento do ser.

Conviver com o desconhecido é uma arte. É viver no trapézio; é caminhar mesmo quando não se tem direção; é sorrir mesmo quando as circunstâncias nos convidam a chorar; é sonhar mesmo quando não estamos dormindo; é acreditar mesmo quando o caos ronda a nossa existência; é lutar, mesmo quando a batalha já esteja perdida; é oferecer mesmo quando o nosso maior desejo é receber; é pintar nas telas dos nossos corações nossas aspirações, nossos desejos, nossas esperanças, para manter viva a chama da vida.

Quando Deus quer é assim...

Abraão não sabia para onde ir; Gideão não tinha certeza de que Deus era com ele; Jó não encontrava razões para o seu sofrer. Todos navegaram no mar de indefinições e indecisões. Tinham remos, mas não tinham as coordenadas.

Deus age muito assim conosco. Deixa-nos em alto mar. Testa nossa dependência; averigua nossas intenções e motivações do coração. Nós é que nos deixamos levar pelas crises momentâneas. Corremos deu m lado para o outro clamando por socorro; por auxílio; por ajuda, enquanto que para Deus tudo não passa de uma chuva que a qualquer momento vai passar. Nós é quem criamos as tempestades.

A vontade de Deus sempre deve prevalecer no curso da nossa história. Às vezes somos submetidos a experiências que nos causam dor, mas DEUS tem o remédio. Quando DEUS age ele espera de nós uma reação; quando DEUS prova ele visa nossa aprovação; quando DEUS permite o nosso choro é porque a alegria é eminente; quando DEUS permitem o desespero é porque ele será o nosso porto seguro; quando ele permite perdas é porque o ganho é certo; quando ele fecha as portas é porque ele abrirá uma outra sobremaneira excelente com maiores perspectivas para você.

Quando Deus quer é assim...

Uma norte americana nasceu em uma família de muitos irmãos e ela era muito chateada com a questão de todos os seus irmãos terem os olhos azuis e ela não. Vivia questionando Deus e entendia ser uma pessoa menor por ter nascido com os olhos bem negros.

Um dia foi chamada para o ministério de missões e o seu coração bateu forte para evangelizar um país onde era proibido pregar o evangelho. Já há algum tempo neste país, houve uma perseguição mais veemente a igreja do Senhor e o presidente daquela nação decidiu caçar e matar todos os missionários, e um dia, na igreja secreta, onde pregava, foi avisada que uma tropa do exército tinha acabado invadir a vila procurando os missionários e eles entraram no lugar onde estava havendo o culto, imediatamente sem fazer perguntas o comandante disse: "predam para serem mortos todos os que estão aqui de olhos azuis pois estes são os missionários americanos..." como ela não tinha os olhos azuis não foi presa e pode continuar a obra... veja que propósito do Senhor...

Quando Deus quer é assim...

Nunca questione a ação de Deus na tua história. Deus tem propósitos para a tua vida. Quem sabe você não os compreenda nesse momento que esteja vivenciando, mas no tempo de Deus tu compreenderás todas as coisas.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Você está em Cristo?

(II Co 5:17)

Quando nos convertemos, entendemos que passamos a empreender uma vida completamente diferente de outrora, porque as coisas velhas se passaram e eis que tudo se fez novo. Somos novas criaturas. A velha natureza carnal que nos dominava totalmente, não mais deve exercer nenhum tipo de influência sobre nós.

Sendo assim, o pecado não pode continuar reinando; controlando nossas ações; manipulando nossos pensamentos e sentimentos. O nosso corpo não pode ser instrumento de iniqüidade, mas templo do Espírito Santo.

Não podemos ser um depósito de coisas velhas, enferrujadas e bolorentas, temos que buscar inspiração para as coisas novas, desafiadoras e inovadoras. Quem fica olhado para trás, para no tempo, para de viver, para de respirar. Quem para no tempo torna-se obsoleto, cansativo e improdutivo.

Estar em Cristo, segundo Paulo, consiste em experimentar uma transformação espiritual genuína, através de um íntimo relacionamento com o Espírito Santo. È através desse companheirismo; dessa união; dessa koinonia, desse envolvimento que se processa a metamorfose do novo ser.

O crente é tão somente um homem intimamente ligado a Cristo. Alguém que não foi melhorado, reformado ou modificado externamente, mas alguém que foi refeito; recriado. Fruto de um nascimento espiritual; porque nasceu, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela Palavra de Deus, a qual vive e permanece.

A nova criatura é essencialmente convertida. Um ser que tem o privilégio de compartilhar da natureza de Deus. Que leva o pecado a sério. Que não se permite contaminar com as iguarias de Satanás. Ser nova criatura é ser uma pessoa onde sua felicidade já não depende de fatores externos, mas sim da obra que Cristo fez em sua vida; É ser alguém que não vive segundo os padrões que o mundo impõe, mas segundo os padrões de Deus em santidade. É andar constantemente em espírito, para não satisfazer as concupiscências da carne. È não viver na prática do pecado – “Todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando” (I Jo 3:9).

A nova vida não nos concede licença para pecar. “Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim, da debaixo da graça?” de modo nenhum. (Rm 6:15). A graça não abre precedente para o erro, antes o constrange; Inibe nossos apetites carnais, pois nos faz lembrar que todas as vezes que cometemos pecados estamos expondo Cristo ao vitupério; a vergonha; ao escárnio de muitos.

Paulo já afirmava que o novo homem não deve viver mais para o pecado ou para si mesmo, mas viver exclusivamente para Deus. Fomos crucificados! – “Logo já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”. (Gl 2:20). Enquanto o velho homem persistir é porque o novo ainda não chegou inteiramente (Rm 8:18-25).

Você está em CRISTO? Quem sabe essa é uma pergunta desnecessária, quando feita para uma assembléia repleta de crentes. Todavia, é bastante significativa quando nos deparamos com a ação da velha natureza transtornando nossa espiritualidade.

Infelizmente, a vida cristã, para muitos, não significa mais o “ser nova criatura”, mas permanecer sendo a mesma criatura, com um leve toque de verniz religioso. Não é mais a voz de fora que fala conosco, mas uma voz de dentro, um apelo nascido da vaidade, do medo, do egoísmo e dos desejos confusos e desordenados que povoam nossa natureza caída.
Precisamos recuperar o significado de dizer: “Fui crucificado com Cristo”; “Sou nova criatura” Voltar a viver pela fé no Filho de Deus, e não pelos impulsos da nossa natureza caída ou atraída pelo fascínio de uma cultura que nega a cruz de Cristo.

Estar em Cristo é ser nova criatura. Cada dia o novo deve tomar o lugar do velho. Em Cristo passamos a ter uma nova identidade. Não importa o que éramos, mas o que somos hoje.

É hora de levantarmos a cabeça e ver que no horizonte há inúmeras coisas que ainda estão por fazer, pessoas para você abençoar, recursos financeiros a serem conquistados, cura a ser obtida e uma família a ser constituída e restaurada. Isso são apenas algumas coisas, mas tem muito mais. Tem boas surpresas que Deus irá te proporcionar se você realmente for uma NOVA CRIATURA!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Quando o Castigo é Inevitável

Texto: Jeremias 8:4-10

Para compreendermos o contexto desse texto, se faz necessário analisar o seu contexto.
Israel estava em declínio espiritual. A espiritualidade estava sendo completamente desvirtuada dos parâmetros de Deus. O templo passou a ocupar lugar de destaque na vida religiosa. Os sacrifícios e os holocaustos tornaram-se verdadeiros instrumentos para se alcançar a bênção de Deus. O povo caminhava em seus próprios caminhos; não aceitava disciplina; negligenciava os mandamentos do Senhor; endurecia cada vez mais seu coração,
de maneira que não andava para diante, mas andava para trás.

Esse é um perfil espiritual que tem muito haver com a realidade dos nossos dias. Há um esfriamento pairando sobre o povo de Deus. Há uma onda de religiosidade devastando e suprimindo qualquer vestígio de espiritualidade perceptível na vida da Igreja. A artificialidade tem suplantado a espontaneidade; as aparências assumem o lugar das transparências; os sacrifícios são mais importantes do que a obediência aos mandamentos; os rituais são suficientes para comprar o favor de Deus; a verdade tem sido sufocada pelo engodo; o povo se mostra rebelde – não aceita a disciplina; não guarda os mandamentos e por isso perde de vista o sucesso, o êxito, e passa a experimentar a Justiça, o castigo de Deus.
Quando o castigo é inevitável?

1 – Quando falta Arrependimento(v. 6).
Quando falta mudança de rumo; mudança de direção. Quando o povo insiste em continuar convivendo amigavelmente com o pecado. Apostatando-se corriqueiramente da fé; permanecendo no erro, na impenitência; na falha; ignorando os mandamentos do Senhor.
Não adianta reformar atitudes, sem mudança no coração. Isso é ilusão, utopia, É fantasiar uma espiritualidade exterior, aparente que não corresponde aos anseios de Deus. Pousar de santinho, alterar o comportamento, não é evidencia de transformação, é religiosidade! Somente o arrependimento pode causar metamorfose, mudança de vida. Lança fora essa vida dúbia; olha para dentro de você! Humanamente falando quem sabe você parece ser ovelha; tem as características de ovelha; tem o potencial de ovelha, mas o seu coração é de lobo. É obstinado, é incircunciso. Não tem parte com Deus. É inimigo de Deus.
Muitos estão rasgando vestes, e não corações! Muitos estão dobrando joelhos, e não o espírito diante de Deus; muitos sentem grandes emoções, sem ter grandes reflexões; muitos sentem medo do juízo, sem odiar o pecado.
Você precisa mudar! Você precisa se arrepender! Como o filho pródigo, que caiu em si, e voltou para os braços do Pai; Arrepender-se como Saulo de Tarso, que era perseguidor e tornou-se perseguido; Arrepender-se como Pedro, que negou a Jesus, mas chorou amargamente. Chore os seus pecados. Lave a sua alma nas vestiduras de Jesus. Arrepende-te antes que seja tarde demais.

2 – Falta de Reconhecimento da Soberania de Deus. (v. 7)
Meu povo está louco! Age como se não me conhecesse. Não me compreende! Até a cegonha no céu conhece o seu tempo; as andorinhas observam o tempo da sua volta; “o boi conhece o seu possuidor, e o burro a cocheira do seu dono, mas Israel não conhece nada! O meu povo não entende”. (Isaías 1: 3).
É impressionante, meus irmãos, como o povo não conhecia o Deus a quem servia. Passaram 40 anos no deserto vendo s maravilhas acontecendo; vendo Deus operando; contemplando o sobrenatural, mas agia como se não o conhecesse. As atitudes do povo demonstravam ignorância acerca do seu Ser – é como Jesus disse a Felipe “Andas há tanto tempo comigo e não me conhecesses”.
Muitas vezes as nossas ações revelam a nossa ignorância acerca de Deus. ; a nossa falta de conhecimento da sua pessoa. Se realmente conhecêssemos a Ele como Ele é, eu tenho certeza que as nossas vidas seriam bem diferentes destas que hoje vivenciamos. Seria uma vida de novidade; uma vida de plenitude; uma vida de regozijo; uma vida de confiança e fé, como a de Daniel.
Daniel reconhecia a soberania de Deus na sua vida (Dn 3:15-18)– quando foi submetido á fornalha disse Nabucodonosor: Quem é o deus que vos livrará das minhas mãos? Disse Daniel: quanto a isso não precisamos responder, pois o nosso Deus vai nos livrar da fornalha de fogo e das tuas mãos, ó Rei. Esse era o Deus de Daniel – O Deus que passeia conosco nas fornalhas da vida; um Deus que nos livra das garras dos nossos adversários; um Deus poderoso, Soberano; Excelso e que reina para todo o sempre. E o teu Deus Reina? Quem é o Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, Ele é o Rei da Glória.
Calebe reconhecia a soberania de Deus na sua vida – quando foi avistar a terra, juntamente com outros, ele contemplou gigantes, povos guerreiros, adversários perigosos e retornando os espias disseram a Josué: Não conseguiremos; eles são mais fortes do que nós; é uma guerra suicida; fiquemos por aqui; não avancemos! Mas Calebe dá um grito e faz calar a multidão dizendo: Subamos e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela (Nm. 13:30). Havia um Espírito diferente em Calebe, este era o Espírito de Deus e só nele conseguimos não temer gigantes, enfrentar desafios, obstáculos. Calebe não conhecia apenas as promessas do Senhor, ele conhecia o Senhor das promessas e sabia que ele jamais falha, com certeza, o que dava a ele a convicção, era que os gigantes, que estavam habitando na terra, que pertencia a ele, já eram velhos conhecidos seus, eles já tinham guerreado lá atrás.
Como você se sente diante dos gigantes? Como gafanhoto?Pequeno, frágil? Achando que não vai conseguir? Assim como você se imagina, você será. Quem é o seu Deus? Se for o Deus de Calebe é o Deus que nos ajuda a vencer os gigantes! Aleluia!
Reconheça que Deus é o Senhor da Tua vida! Reconheça que Ele é o Rei da Glória! O Deus forte; o Soberano, o Emanuel o Deus que vive entrenós e em nós.

3 – Falta de Humildade (vs.8,9)
“Somos sábios, a lei de Deus está conosco”.
Eu sei tudo; não mais preciso aprender nada; Já tenho o conhecimento necessário; Sei o que deve fazer; não preciso de conselhos; sei andar sozinho; não preciso da ajuda de ninguém; Não sou carnal como os outros... O Povo se sentia onipotente; imbatível; Independente de Deus; acreditando na sua própria sabedoria, que diz a bíblia que a sabedoria humana, animal é carnal demoníaca (Tg. 3:14,15). Quanto maior você se sentir, maior também será a sua queda! Não confie em si mesmo; você pode acabar se estribando no seu próprio conhecimento. A arrogância e a presunção aguçam a ira de Deus. Não se exalte; não viva contando vantagens, antes se humilhe diante do Senhor, nessa noite e reconheça que sem ele você nada pode fazer; que sem ele sua vida está perdida, sem rumo e sem direção. Confesse a sua dependência de Deus! Deixe o Cristo crescer na sua vida, a fim de que o seu ego diminua a cada dia. Lembre-se: Deus exalta os humildes e resiste aos soberbos.

4- Falta de Sinceridade (v.10)
“Usam de falsidade”.
Engodo; mentiras; hipocrisia. Era assim que o povo agia com Deus. Sempre tentando engana-lo e deixa-lo alheio de situações que aparentemente estavam camufladas. Como se Deus se deixasse enganar; ludibriar.
Eu acho que muitas pessoas acreditam, piamente, que podem enganar a Deus. Isso porque usam de dissimilação; moqueiam suas iniqüidades; colocam panos quentes nos delitos; mascaram a verdade como se Deus não estivesse vendo todo esse teatro; todo esse espetáculo de amador, porque se tem alguém profissional na arte de conhecer o oculto, o desconhecido, o misterioso , esse é Deus. Ele vê o que o os homens não conseguem enxergar.
Sendo assim, eu lhe aconselho nessa noite a usar de sinceridade para com Deus. De expressar verdadeiramente o teu estado de alma; de parar de viver encenando uma vida que você não possui; de se libertar das algemas da aparência e libertar esse coração que está desejoso de se encontrar com a verdade e experimentar uma nova vida que se reveste de autenticidade e que nos leva a pensar como Paulo: Miserável homem que sou, mas pela graças de Deus eu sou o que sou. Você pode falar isso hoje ? Você se sente justo ou pecador diante de Deus? Você pode render graças pela vida que tem levado? Você tem experimentado essa magnífica graça? Abra seu coração para Deus e diga: Agora sim, pela graça de Deus eu sou o que sou!
Sem arrependimento, reconhecimento, humildade e sinceridade, certamente as nossas almas correm o risco de serem punidas pelo Senhor. Mas se nos curvarmos diante da sua presença experimentaremos a sua salvação.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Guerra Fria na Igreja


Após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, Estados Unidos e União Soviética dividiram o mundo em dois grandes blocos: Capitalista e Socialista. O bloco capitalista era liderado pelos americanos e o socialista pelos soviéticos. Essa bipolarização desencadeou entre as duas superpotências um clima de hostilidade, tensão que ficou conhecido como Guerra Fria.

Fria, porque não teve confrontos armados e nem tão pouco derramamento de sangue. Ela ocorreu apenas no campo ideológico. Ambas as potências desejavam assumir a hegemonia do mundo e para isso lançaram-se numa competição desenfreada muito perceptível na corrida armamentista (na produção de material bélico), na corrida espacial, a fim de mostrar ao mundo o sistema mais avançado e as conquistas espaciais e por fim no fortalecimento de planos econômicos e militares que pudessem fortalecer os blocos como: Marschall, OTAN e COMECON e o pacto de Varsóvia.

Toda essa realidade histórica nos faz enxergar e entender que existe uma guerra fria no meio do povo de Deus. Uma guerra não declarada; sem exposições; sem utilização de armas; mas caracterizada por tensões, hostilidades e por um profundo espírito de competitividade.

As pessoas estão se armando a cada dia. As evidências são perceptíveis nas respostas duras, ásperas; nas indiretas; no pré-conceito; nas críticas destrutivas; nos olhares atravessados; no minar a vida alheia; nas relações interrompidas; no afastamento proposital. Tudo muito sorrateiro. Tudo muito silencioso. Como se nada estivesse acontecendo.

Entretanto as pessoas estão se movimentando. Estão se fortalecendo. Estão agregando; estão se alimentando de sentimentos que fazem do coração um verdadeiro campo de batalha que não tem vencedores, pois não existem rivais declarados. Essa preocupação em fazer melhor; em não ficar por baixo; em não dá o braço a torcer; em mostrar algo para alguém; em medir forças ou fazer do Reino um verdadeiro cabo de guerra, só gera enfraquecimento e debilitação espiritual.


E o que entristece o coração de Deus é que os blocos vão se formando. As pessoas que estão ao nosso redor vão tomando as nossas dores; absorvendo nossos sentimentos a ponto de criar no seio da Igreja um clima de guerra; a eminência de um conflito.

É assim muitos vivem. Prontos para guerrear, não as trevas; não o inimigo das nossas almas, mas o semelhante; o irmão. Uma guerra interna que fragiliza nossa comunhão e vulnerabiliza as nossas resistências, pois um reino dividido não subsiste (Mt. 12:25-20)

Após a Segunda Guerra a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação. Uma americana e outra soviética. O povo foi obrigado a viver com o chamado muro de Berlim, conhecido como cortina de ferro. Símbolo da resistência capitalista para os soviéticos e falta de respeito para os capitalista.

Entretanto, percebendo que era um único povo, que falavam a mesma língua e que possuíam os mesmo hábitos e a mesma história – o muro caiu em 1989. A Alemanha foi reunificada.

E assim como na Alemanha, existem muitos muros, muitas cortinas de ferro que interrompem nossos relacionamentos; que nos impedem de sermos de fato um uma só nação, uma só família. Quando entendermos que somos filhos de um mesmo pai, que comemos de um mesmo pão; que bebemos de um mesmo vinho, que fomos salvos por um mesmo salvador e que somos servos de um mesmo Senhor, certamente os muros da indiferença; da resistência; da antipatia; do partidarismo farão de nós o povo de Deus, Aí o Senhor ordenará a sua bênção sobre nós.

Essa foi uma guerra vergonhosa. Como também é vergonhoso o comportamento de muitas diante de Deus. A bíblia nos ensina que a nossa luta não é contra a carne ou sangue, mas contra satanás.

“De onde procedem à guerra e contendas entre vocês? De onde senão dos prazeres que militam contra a vossa carne”. (Tg 4:1).

“Porquanto, havendo entre vós ciúme e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo os homens?” (I Co 3:3).

“Porque Deus não nos deu um espírito de confusão, mas de amor e de moderação”. (I Co 14:33)

“Não pleiteies contra alguém sem razão”. (Pv 3:30).

“Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros” (I Co 12:25).

Se o seu coração está fechado, dentro de uma armadura, desarme-o nessa manhã. Se você construiu muros, muralhas para evitar um relacionamento saudável com seu irmão, comece a quebrar as paredes do seu coração em nome de Jesus e passe a ser um construtor de pontes.

Se você refletir, como fizeram os alemães, e entender que essa hostilidade; essa tensão não tem sentido por que somos um povo, agarre-se a verdade. Comece a vencer as resistências no teu coração. Entenda nessa manhã que o que nos une é muito maior do que o que nos separa – CRISTO.

domingo, 1 de março de 2009

Caçadores ou perseguidos pelos sinais?


Texto: Mt. 12:38

Em sua peregrinação entre os homens, Jesus realizou inúmeros sinais, milagres e prodígios. Seu poder impactava as multidões; seus ensinamentos desnudavam corações e propiciavam uma grande metamorfose na alma.

Onde existisse fé desabrochava a possibilidade do sobrenatural. Na maioria dos seus encontros, Jesus sempre operou mediante a fé. Esse era um critério indispensável para que houvesse a concretização do milagre e, consequentemente, o aparecimento dos sinais.

Em Corazim, Betsaida e Cafarnaum (Mt. 11:21), Jesus operara muitos sinais, porém não houve mudanças significativas; as populações dessas cidades experimentaram dos milagres, mas rejeitaram a mensagem de salvação. Queriam sinais físicos, mas desprezavam transformações na alma.

È impressionante como a historicidade se aplica à nossa realidade. Multidões buscam sinais; almejam ver a operacionalização de milagres externos; ambicionam cura para enfermidades na matéria; se esmeram para conquistar tesouros terrenos; sonham com a estabilidade financeira, mas ignoram completamente as realizações espirituais.

Muitas pessoas hoje estão procurando milagres por motivos egoístas. Querem curas físicas, mas não se preocupam com a saúde espiritual. Querem prosperidade, mas não buscam as riquezas eternas. Igrejas que enfatizam milagres e negligenciam a pregação da palavra de Deus estão alimentando tais apetites. Jesus fortemente condenou atitudes iguais (João 6,26).

Isso tem nos causado uma falsa concepção de espiritualidade. É preciso entender que o milagre que Jesus desejava operar naquelas cidades tinha um caráter essencialmente espiritual. O Cristo esperava ver pessoas arrependidas; contritas, quebrantadas e regeneradas. Entretanto, o retorno não foi o esperado!

Muitos tiveram suas enfermidades físicas curadas, porém a alma continuava enferma; outros conquistaram prosperidade financeira, mas se tornaram orgulhosos, presunçosos; outros conseguiram estabilidade econômica, mas continuaram desequilibrados na balança de Deus.

Os sinais visavam impactar também a carne, mas seu propósito primário era a alma. Mesmo vendo e experimentando os milagres, os corações permaneceram impenitentes; endurecidos; obscurecidos. As cidades queriam ver tocar, concretizar, mas não demonstraram disposição em crer, esperar, confiar.

Muitos querem sinais, milagres, mas não ambicionam a vida de Deus! Os sinais são conseqüências de um relacionamento íntimo que desenvolvemos com o Senhor. Não podemos nos prestar ao papel de sermos caçadores de sinais, pois nos diz à palavra que os sinais seguirão aqueles que crêem no nome de Jesus!

Não queira ver para crer, creia para ver! Não permita que a incredulidade de afaste do Deus Vivo! (“Se porventura não virdes sinais e prodígios de modo nenhum crereis” Jo 4:48) Ele já nos deu o maior de todos os sinais – A CRUZ! Nenhum sinal é mais profundo do que aquele que Jesus nos revelou no Calvário. Ele não precisa provar mais nada para nós. Sua missão já foi autenticada entre a humanidade – Ele veio buscar e buscar os perdidos; veio curar os doentes; fortalecer os fracos, levantar os caídos, consolar os aflitos e libertar os oprimidos.

Deus é Deus! Assim como ele se revelou através: Moisés com o maná; Josué com trovões em um céu limpo e sem tempestades; Elias com o fogo do céu; Isaías fez recuando a sombra do relógio do sol, em Jesus encontramos o maior de todos os sinais da parte de Deus! Ele foi e é a resposta, a solução para os homens.

Não seja mais um caçador de sinais, mas queira ser perseguido pelos sinais! Não precisamos ver, pois bem - aventurados aqueles que não viram mais creram! A nossa fé não opera no concretismo, mas no abstratismo. Não pede sinal, mas opera através de sinais. Não age por vista, mas (2 Co 5;7) ou seja, não atenta para as coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas (2Co 4:18).

Não sejamos como Tomé... Não permitamos que a fé seja suplantada pela dúvida; pela incerteza. Não queiramos condicionar a nossa crença a acontecimentos sensacionais extraordinários. Cristo é o sinal definitivo de Deus em nossas vidas! Ele é a marca da promessa. Sua Palavra é fiel e digna de toda a ceitação.

As coisas só irão acontecer em nossas vidas na medida em que cremos. A fé pode mover montanhas; remover obstáculos; curar feridas; detruir exércitos e nos tornar mais do que vencedores.

Enquanto estivermos presos a sinais nada vai acontecer. Seremos corroídos pela expectativa; atormentados pela ansiedade assim como o paralítico que jazia a 38 anos à beira do tanque de Betesda esperando as águas se moverem.

Chega de aguardar por sinais. De tentarmos materializar a nossa fé. De colocarrmos condições para que acreditemos em Deus. Independente dos sinais PRECISAMOS CRER EM DEUS!

CRER EM DEUS, mesmo quando as circunstâncias conspirem contra nós; mesmo quantos as portas se fecham; quando a doença me abete; quando a dor me encomoda; quando a solidão me assola; quando a caos me redeie; quando a luta se intensifique EU CONTINUO CRENDO NO DEUS DO IMPOSSÍVEL.

Nenhuma realidade poderá aldulterar a nossa fé e a certeza de que eu só preciso crer para acontecer. E se não acontecer eu morrerei na certeza de que fiel é aquele que me fez a promessa.