sábado, 28 de fevereiro de 2009

Preservando o princípio da Autoridade na família


Texto: ( I Tm 5:8)

“Ora se alguém não tem cuidado dos seus, e especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé, e é pior do que o descrente”.

Segundo as Escrituras Sagradas os pais são os guardiões do lar; os responsáveis pela condução da família, enquanto autoridades constituídas por Deus. Admoestar, corrigir e disciplinar são ações peculiares aos pais, e estritamente necessárias para que os filhos sejam capazes de reconhecer seus limites e interagir com a sociedade de forma responsável e respeitável (...).

Omitir a autoridade no lar é permitir que a família navegue em direção ao caos; à destruição. Cabe ao comandante segurar os remos e não permitir que o lar experimente um naufrágio ou que acabe se fragmentando pelas fortes tempestades que tentam a qualquer custo transformar a nossa casa num verdadeiro inferno.

Os pais precisam assumir de fato a autoridade sobre seus filhos. Não podem poupar a vara e nem tão pouco admitir que o erro fique sem punição. O senso de impunidade não pode enraizar-se nos corações dos nossos filhos. È necessário que abracemos a paternidade com reflexão e não apenas com emoção. Agir apenas no campo da emoção é o mesmo que abrir alas para que a permissividade transforme nossos filhos em delinqüentes.

Eu sei que é difícil dizer não, quando o coração implora para dizer sim. E isso ocorre corriqueiramente. É por isso que os conflitos ocorrem no âmbito familiar. Os pais no momento em que vão exercer a autoridade sobre os filhos, não a exercem com cumplicidade; com concordância. Não sentam juntos para discutir o melhor para seus filhos; não se impõem; antes entram em divergência, em atrito, dificultando assim, o estabelecimento da autoridade como ponto de partida para a felicidade.

O cabo de guerra precisa ser desfeito, pois o consenso é indispensável para que haja direcionamento. Os filhos precisam enxergar segurança no desempenho da autoridade. Eles não podem perceber brechas; fragilidade; dúvidas e nem tão pouco divergência entre os pais, pois as fraquezas dos pais servem de fortalezas para os filhos.

E muitos filhos se alimentam das fraquezas de seus pais. São astutos; sagazes. Sabem como gerar conflitos entre os pais a fim de se favorecerem. Muitos conseguem virar o jogo; sensibilizar corações; reverter situações; dão a volta por cima; quebram regras; alcançam o que desejam, se tornam vítimas, enquanto que os pais estão numa arena se digladiando entre si. A falta de acordo entre os pais provoca nos filhos dúvidas de juízo e deliberação. Os filhos se aproveitam dessas divergências para tirar partido da situação.

Aqui surge a crise conjugal. Os pais passam a viver em desacordo. Um clima de hostilidade passa a desabrochar no seio familiar. E tudo isso porque muitos pais ainda não entenderam que no mundo da autoridade deve haver determinação. A palavra não pode ser volúvel; descartável; a decisão não pode ser alterada sem uma análise minuciosa dos fatos. Os pais não podem retirar uma disciplina estabelecida. Mesmo que percebam as lágrimas nos olhos dos filhos ou um sentimento de arrependimento, é preciso manter a palavra... Não se deixar persuadir pelo espetáculo se sensacionalismo que muitos filhos apresentam para nós. Se não nos mostrarmos determinados no exercício da autoridade, não seremos levados a sério por nossos filhos; nossas advertências serão blefes; nossas palavras serão trovões que jamais serão acompanhadas de chuvas; de atitudes.

Para evitar o choque de autoridade não é necessário apenas cumplicidade e determinação, mas sabedoria; coerência. Esse é um fator que muitas vezes geram desentendimentos entre os pais. A forma de exercer autoridade deve ser observada com muita cautela, pois apóstolo Paulo escrevendo aos efésios no capítulo 6:3, nos adverte que “os pais não podem provocar a ira dos seus filhos”. A disciplina é boa, mas na hora certa e no lugar adequado. Exercer autoridade em qualquer lugar e de qualquer maneira sempre vai criar revolta tanto entre os pais, pois um não vai aceitar a maneira como a disciplina ocorreu e vai consequentemente interferir e os filhos por sua vez se sentirão diminuídos em sua estima e envergonhados diante dos demais.

A autoridade sempre estará atrelada á sabedoria; ao entendimento. Dificilmente um o pai ou a mãe se irritarão entre si, quando o castigo for na medida certa; sem exageros e por motivos justos. Já disse o sábio Salomão que “não devemos pleitear com alguém sem razão, se não tiver feito mal (Pv. 3:30);”Não é bom proceder sem refletir” ( Pv. 19:2) “castiga o teu filho , enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de mata-lo”( Pv. 19:18); ver ( Pv 13:24); Não retires da criança a disciplina, pois se a fustigares com a vara não morrerás. Tu a fustigaras com a vara e livrarás a sua alma do inferno” ( Pv 23:13,14); “ Corrige o teu filho e te darás descanso, dará delícias à tua alma” ( Pv. 29:17); “a vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe”. (Pv. 29:15).







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